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            Qual é, na maior parte das vezes, a grande dificuldade de qualquer empresário? Quais órgãos ou entidades têm a finalidade de conhecer esses obstáculos e criar oportunidades para vencê-los?


            Sabemos que a maior parte dos empresários surge sem qualquer preparação anterior, ou seja, as empresas se constituem a partir de oportunidades, motivadas em grande parte pela falta de emprego. Abrir uma empresa no Brasil é bastante trabalhoso, pois a burocracia exige tanto, a impressão é a de que somente pessoas qualificadas receberão o passaporte para empreender. Seria ótimo se esta afirmação fosse verdadeira, pois pessoas sem aptidão ou recursos suficientes para montar um negócio não jogariam tempo e a economia familiar conquistada com muito suor no ralo. O governo, por meio de diversos órgãos (um deles poderia ser o Sebrae) deveria habilitar-se para identificar as condições de cada candidato a empresário e na ausência de aptidão deveria exigir preparo ou sócios capazes de preencher as deficiências. O que parece missão impossível precisa urgentemente ser estudado e oferecido à sociedade.
 
            Infelizmente, exigir qualificação antes de empreender, a primeira parte da lição de casa não é bem feita, o que dá lugar a incontáveis empresas e, com elas, numerosos problemas de impossível solução. Mas os gestores precisam e são merecedores de auxílio, pois negócios que não prosperam geram sérios problemas à sociedade, e o principal talvez seja o desemprego. Sabemos que o governo, o maior sócio nas empresas - com a taxação de diversos impostos e contribuições - é incompetente para orientar o “parceiro”, uma vez que é inábil para dirigir as próprias empresas estatais. Diante da sensação de estar no mato sem cachorro o questionamento é: de onde virá o auxílio àqueles que abrem empresas, empregam pessoas e recursos financeiros capazes de gerar riquezas ao país?
 
            Resta às empresas com bom capital contratar consultorias e assessorias, profissionais que, quando competentes, cobram honorários significativos muito além da capacidade financeira das pequenas.
 
            Será que a solução é fechar as portas, contabilizar o prejuízo e voltar a lutar por uma vaga de empregado no mercado tão acirrado? Acredito que há outros caminhos capazes de salvar o empresário em dificuldades. Um deles - considero o mais apropriado – é o sindicato patronal. Empresários unidos ganham força e voltam-se para a identificação das dificuldades e criação de meios para solucioná-las.
 
            Normalmente os sindicatos patronais desejam ardentemente ajudar seus associados (empresas e empresários), mas nem sempre conhecem seus desejos e acabam por oferecer tantos serviços que confundem ainda mais as coisas, matando um bem-te-vi com uma cartucheira. Vejamos o caso dos sindicatos patronais dos contabilistas, orgulhosos da imensa carga horária de cursos oferecida, como legislação trabalhista, fechamento das demonstrações financeiras, retenções de tributos, substituição tributárias, escrituração fiscal etc. Onde está o principal?
 
            O maior desejo dos empresários é saber como fazer para obter lucro, ou seja, GANHAR DINHEIRO. Normalmente todos os empresários contábeis já estão habilitados para ofertar serviços, uns com mais e outros com menos qualidade (naturalmente os diversos cursos citados acima são necessários, mas apenas complementarmente, atribuição que pode ficar a cargo de outras entidades). Insisto para que os SINDICATOS PATRONAIS foquem o trabalho em promover seus associados a ganhar dinheiro, o que os deixará valorizados. Empresário forte resulta em sindicato forte.
 
            Desafio os dirigentes patronais a pesquisar junto aos associados em que desejam que a entidade patronal os assista. Certamente surgirão muitos pedidos, entre eles a forte convocação por metodologias e ferramentas para vender mais e alcançar lucro justo. Se é o que desejam, se é o que faz o negócio prosperar, se é o que o Governo ambiciona (mais venda, mais tributo), se o sindicato ganhará com associados mais satisfeitos, por que não é investido fortemente nesta área?

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